segunda-feira, 23 de julho de 2012

PEDRO LUIS DA ROCHA OSÓRIO - II


casa de Pedro Osório, doada para o funcionamento do atual  Colégio Pedro Osório
Pedro Osório participou como sócio comandatário da firma Echenique & Cia. para a fundação da “Livraria Universal”, na noite de 07 de dezembro de 1887, iniciada por seu grande amigo coronel Guilherme Echenique, por muitos anos a mais importante e movimentada casa de Pelotas incentivando a cultura através do livro com o sopro renovador das idéias. 

A Livraria Universal é, indiscutìvelmente, no gênero um estabelecimento que honra o Rio Grande do Sul e aos seus conceituados fundadores, que devem orgulhar-se de sua iniciativa (O Rio Grande do Sul, 1922)

Em 1897 um grupo de agrônomos chefiados por Guilherme Minssen fundou, em Pelotas, a “Revista Agrícola do Rio Grande do Sul”, iniciando uma campanha para a associação dos ruralistas gaúchos em defesa de seus interesses. Pedro Osorio apoiou a campanha, pois apoiava o associativismo como a melhor maneira de promover interesses recíprocos entre criadores e charqueadores, principalmente para formar uma aliança entre eles. 

Em 12 de outubro de 1898, no Liceu Rio-Grandense de Agronomia, com a participação do dr. José Cypriano Nunes Vieira, dr. Guilherme Minssen, dr. Francisco Araújo e dr. José Vaz Bento, foi apresentada a proposta de fundação da Sociedade Agrícola Pastoril do Rio Grande do Sul, com sede em Pelotas, cujo projeto de estatuto foi estudado e melhorado por comissão composta por Artur Maciel, G. Minssen e L. Leivas e, proposto pelo dr. Francisco Moreira, a diretoria provisória foi composta pela da revista Agrícola do Rio Grande do Sul. Primeira entidade fundada no estado, escolhido como presidente o dr. José Cypriano Nunes Vieira, assumiram os demais cargos: vice-presidente o dr. Artur Antunes Maciel, 1º secretário o dr. Antonio Soares Paiva, 2º secretário o dr. José Vaz Bento, e tesoureiro o tenente coronel João Antonio Pinheiro, com estatuto aprovado em 19 de outubro de 1898. Esta associação teve o mérito de unir republicanos e maragatos na defesa de seus interesses e recomendava, além da necessidade de associação da classe, a melhoria dos rebanhos pelo refinamento e seleção de animais. Também a ela Pedro Osorio abriu seu bolso e ofereceu seu prestigio.
Dr.José Cypriano Nunes Vieira

             Pedro Osório incentivou e investiu na firma Vieira & Candiota, adquirindo a casa de armarinhos “A Luva Prêta” que, com sua participação, prosseguiu no mesmo ramo de comércio.

Pedro Osório, em pouco menos de 15 anos, passou de último caixeiro de uma casa de fazendas a industrial do charque, preparando conscientemente as situações, jamais sendo enganado por elas, valendo-lhe aquele temperamento especial desse povo açoriano “dotado de natural vivacidade, trabalhador, franco, liberal, hospitaleiro, generoso, alegre, expansivo, morigerado, caritativo, vigoroso e sóbrio, povo que odeia a vida militar mas no campo de batalha é fiel à disciplina e dá provas de valor” (hist.do Gen.Osório, pág.43), e que “manejava tão bem o arado na terra como o sextante e o leme em alto mar”.
           
            Educado numa escola de homens experimentados, Pedro Osório seguiu-lhes o exemplo e, quando tentou sua primeira iniciativa por conta própria, a simples mostra do seu passado foi fundamental para o Comendador Corrêa Leite ceder-lhe todo o capital necessário para a empresa substituindo, na sua confiança, o financiamento de um banco inexistente.
Pedro Osório, por volta de 1907








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Obs: o texto desta postagem está baseado nos livros de Vera Abuchainor e deste bloguista, a serem brevemente editados, com a biografia do Cel.Pedro Osório e de Oscar Rheingantz & Ascendentes, respectivamente.