Óleo de Galli, 1930, da Associação Rural de Pelotas |
Cel.Pedro Luis da Rocha Osório
Os anos passaram e aumentaram as charqueadas nas zonas da Fronteira e da Serra, a safra de 1914 atingindo 323.362 rezes, tocando a Pelotas um movimento de 72.232 cabeças. Novamente a maior matança coube a Pedro Osório & Cia. (26.300 rezes).
O cel.Pedro Osório presidiu a
memorável sessão de 30 de julho de 1928, quando os Charqueadores do Rio Grande
do Sul fundaram o seu Sindicato, êle eleito seu primeiro presidente.
De 1929 a
1930 a
matança pelotense de bovinos para o charque ocupava a 3ª posição, com o abate
de 953.869 cabeças.
No ano do falecimento do cel.Pedro Osório, 1931, sua
charqueada era a de maior produção em Pelotas e na Serra, tendo o seu labor
como charqueador atingido a zona da pequena propriedade rural. Pedro Osório sabia escolher seus
sócios e altos servidores, tendo todos êles sido vitoriosos profissionalmente.
O cel.Pedro Osório tambem foi charqueador em Quarai e Júlio
de Castilhos, fazendo parte da firma Osório, Abrantes & Cia., composta dos
sócios cel.Pedro Osório, João G.Abrantes e Mário Franco de Abreu. Esta firma
adquiriu a charqueada São José, que já havia pertencido aos industrialistas
srs.José Moreira Machado e José Del Fabro. Com a morte de Pedro Osório, sua
cota passou para os herdeiros, passando a fazer parte o sr.Ernesto Franco de
Abreu.
Há um fato digno de registro ocorrido em 1917, alusivo à
matança para o charque em diversos estabelecimentos, dos quais o cel.Pedro
Osório era a principal figura. A matança formou um total de 91.687 cabeças, só
registrado nos grandes frigoríficos do Rio Grande do Sul, sendo eles Pedro
Osório, Abreu & Cia. - Tupanciretã (36.536 cab.), Pedro Osório & Cia. - Pelotas (30.958 cab.), Osório, Rocha & Cia. - Quaraí (13.693 cab.) e
Guerreiro & Cia. - Caxias (10.500 cab.).
Resumindo quarenta anos de luta e de trabalho em prol da
indústria do charque, pode-se dizer indicando o novo caminho a ser trilhado e
abrindo novos horizontes à nossa emancipação econômica:
“Com
Pedro Osorio à frente a indústria saladeril alcançou, em intensidade, o mesmo
brilho e o mesmo esplendor daquela de José Pinto Martins. Que ao charque deve suceder a agricultura
demonstrou-o a atividade ímpar, o dinamismo magnífico e realizador do imortal
Cel.Pedro Osorio” (conferencia
dr.Solon Macedônia Soares, Visão Panorâmica de Pelotas, 14/07/1936).
Alem das firmas onde êle teve interferência direta, existiram
outras onde sua ação foi fecunda, dentre as quais Guerreiro & Cia., em
Caxias, da qual Alfredo R.da Costa, em “O Rio Grande do Sul”, diz o seguinte:
“Concorre tambem para o desenvolvimento
industrial do município uma charqueada da firma em comandita Guerreiro
& Cia., com o capital de 1.000:000$000 rs., e que abateu em 1921 cêrca de
20.000 bovinos”...
Texto adaptado dos livros a serem brevemente impressos: "O Tropeiro que se fez Rei", de Vera R.Abuchaim, e “Dr.Oscar”, do autor deste blog.
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