“O seu sadio idealismo, cívicas,
filantrópicas e industriais vibrações, determinaram para Pelotas maravilhosas renascença.
Para essas paragens convergiu gente da circunvizinhança. Povoou o deserto e, às
margens do Pelotas e Piratini, se levantaram as choupanas onde, até hoje,
reinam ordem, paz e felicidade, outorgadas aos agricultores pelo trabalho
diuturno e honesto” (Visão Panorâmica de Pelotas).
A partir do sucesso nas lavouras do Cascalho, foram aumentando visìvelmente as plantações do Cel.Pedro Osório, multiplicadas as lavouras
e, aos poucos, constituidas as inúmeras e vitoriosas sociedades.
Vencida a primeira etapa, Pedro Osório organizou granjas, constituiu novas firmas, elevou as sementeiras a milhares de sacos, e voltou suas vistas para o beneficiamento do produto, para a melhoria das terras pela aplicação do adubo, para a seleção dos tipos e para os meios de transporte.
Vencida a primeira etapa, Pedro Osório organizou granjas, constituiu novas firmas, elevou as sementeiras a milhares de sacos, e voltou suas vistas para o beneficiamento do produto, para a melhoria das terras pela aplicação do adubo, para a seleção dos tipos e para os meios de transporte.
Espírito
empreendedor e altruísta, o Cel.Pedro Osório não procurou guardar só para sí a
fonte de lucros vislumbrada. Estendeu suas lavouras, organizando-as em firmas
autônomas, compreendendo seu profundo alcance econômico-social. Adquirindo
várias granjas no Retiro, Arroio Grande, Tapes, etc, associou-se tambem a
diversos industrialistas e pecuaristas da época que desejavam tentar a
rizicultura, destacando-se João Schild, Francisco Borba, João Simões Lopes,
João Ribas, alem de muitos outros.
“Haviam atingido a enorme extensão de 1.150 ha , em 6 anos, as
culturas de arroz empreendidas por Pedro Osório e iniciadas em 1907 com 30 ha ”(A
cidade de Pelotas, Fernando Osório Fº, pág.239).
Deu
sociedade aos seus administradores residentes, homens afeitos ao trabalho da
terra, ao invés de mantê-los como simples empregados, criando diversas empresas arrozeiras, nas quais êle era o único sócio capitalista. Nem sempre foram bem
sucedidas, algumas sofrendo revezes com apreciáveis prejuízos mas, se estes
eram causados por circunstâncias que independiam da administração, era Pedro
Osório que, embora atingido pela maior perda, animava seus auxiliares a
perseverarem no nobre trabalho da lavoura, fornecendo novos elementos para a
empresa prejudicada, ou fazendo procurar outras terras que reunissem melhores
condições de êxito, por vezes ampliando consideràvelmente a área cultivada.
Assim foram
consolidadas as primeiras firmas arrozeiras chefiadas pelo Cel.Pedro Osório as
quais, na safra de 1914 numa área cultivada de cerca de 1200 ha , colheram algo mais
de 60 mil sacos de arroz. No ano anterior (1913) o técnico Henrique Semler,
contratado pelo Ministério da Agricultura, tendo visitado nosso Estado, assim
se manifestara em relatório apresentado ao Ministro dr.Pedro de Toledo:
“Os arrozais do Cel.Pedro Osório, a 20 km de Pelotas, pela área
cultivada (cerca de 800 ha ),
maquinismos empregados no preparo do solo, sementeira, ceifa, debulha, secagem
e beneficiamento do arroz, são considerados os melhores do Brasil”.
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